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Igreja pode ser MEI? Entenda qual é a forma correta de formalizar uma instituição religiosa

A dúvida sobre se igreja pode ser MEI aparece com frequência entre quem está pensando em legalizar uma instituição religiosa

A ideia de usar o Microempreendedor Individual parece prática, mas não se aplica a esse caso.

O MEI foi criado para pequenos negócios que exercem atividades econômicas simples, com foco em comércio e prestação de serviços. 

Já a igreja é uma associação sem fins lucrativos e precisa seguir um processo próprio de constituição jurídica para existir legalmente.

A Pontes é uma Contabilidade para Igrejas de todo o Brasil e vamos orientar por que igreja não pode ser MEI e qual a melhor maneira de formalizar uma instituição religiosa.

Igreja pode ser registrada como MEI?

Definitivamente não. O MEI é voltado para negócios que têm objetivo de lucro, limite de faturamento e um rol restrito de atividades permitidas. 

Não existe CNAE compatível com atividade religiosa e a legislação não permite enquadrar uma igreja nesse modelo.

Qual a forma jurídica correta para abrir uma igreja?

O enquadramento jurídico de uma igreja é o de associação religiosa.

Isso significa reunir os fundadores, elaborar o estatuto da igreja, registrar em cartório e, só depois, solicitar o CNPJ na Receita Federal. 

É esse processo que garante validade legal à instituição.

Quem pode abrir uma igreja?

Diferente de uma empresa individual, uma igreja não pode ser aberta por apenas uma pessoa. 

Como se trata de uma associação, é necessário pelo menos um grupo de pessoas que vão compor a assembleia de fundação.

Esses membros serão os responsáveis por realizar a ata de fundação da igreja, aprovar o estatuto, eleger a diretoria e dar legitimidade à criação da instituição. 

Esse detalhe faz toda a diferença, porque mostra que a igreja nasce de um coletivo, e não da decisão isolada de um único indivíduo.

Por que uma igreja precisa de CNPJ?

É preciso abrir CNPJ para igreja, senão ela não existe formalmente.

Sem esse registro, a instituição fica impossibilitada de realizar diversas ações básicas para o seu funcionamento, como:

  • Abrir conta bancária em nome da igreja;
  • Registrar imóveis, veículos ou outros bens no nome da instituição;
  • Receber doações dedutíveis do Imposto de Renda;
  • Firmar contratos de aluguel ou de prestação de serviços;
  • Solicitar isenções ou benefícios fiscais previstos em lei;
  • Participar de programas governamentais e parcerias oficiais;
  • Emitir recibos e comprovar a origem de recursos;
  • Dentre outras coisas.

Quais documentos e etapas são necessários para formalizar uma igreja?

Para formalizar uma igreja, a legislação exige alguns documentos básicos e o cumprimento de etapas específicas. Veja o que não pode faltar:

  • Ata de fundação assinada pelos membros;
  • Lista de presença com nome, RG e CPF dos fundadores;
  • Estatuto social completo e assinado;
  • Registro da ata e do estatuto em cartório;
  • RG, CPF e comprovante de endereço dos responsáveis legais;
  • Solicitação do CNPJ na Receita Federal (com documentos do cartório anexados);
  • Alvará de funcionamento emitido pela Prefeitura, quando exigido;
  • Laudo do Corpo de Bombeiros em caso de sede própria;
  • Licença da Vigilância Sanitária, quando houver atividades sujeitas a fiscalização;
  • Dentre outros.

Igrejas pagam impostos no Brasil?

A Constituição Federal garante imunidade tributária para templos de qualquer culto. 

Isso significa que impostos para igrejas não incidem sobre patrimônio, renda ou serviços ligados diretamente à atividade religiosa.

Mas essa imunidade não cobre tudo. 

Se a igreja tiver receitas que não façam parte da sua finalidade essencial, pode haver cobrança de tributos.

Além disso, mesmo com a imunidade, as obrigações acessórias continuam existindo. 

A igreja precisa entregar declarações fiscais, manter contabilidade organizada e prestar contas dos recursos administrados.

Leia mais: Como funciona a Contabilidade para igrejas

Por que contar com um contador especializado é fundamental para igrejas?

Igrejas não podem ser tratadas como empresas comuns. As regras são diferentes, e a falta de conhecimento específico pode trazer problemas sérios.

Um contador especializado em igrejas sabe quais declarações entregar, como estruturar a contabilidade e como orientar a diretoria em cada decisão administrativa.

Formalizar corretamente e manter a contabilidade em dia é o que garante tranquilidade para os líderes e confiança para os membros.

Na Pontes, atendemos mais de 400 igrejas espalhadas pelo Brasil.

Quer saber como podemos ajudar sua Igreja a se formalizar com o menor custo possível?

Fale agora com um dos nossos especialistas em igrejas.

Foto de Márcio Pontes

Márcio Pontes

Marcio Pontes é contador (CRC SP 173.869/O-3) com mais de 30 anos de experiência. Sócio da Pontes Contabilidade, especializou-se em contabilidade para igrejas e negócios locais.

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