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Pastor pode ser MEI? Entenda como regularizar seus ganhos

Pastor pode ser MEI

Você começou a ter uma renda recorrente vinda das suas atividades na igreja e quer saber se pastor pode ser MEI?

Por causa da simplicidade do regime, é normal enxergar o MEI como o caminho mais fácil para regularizar seus ganhos do ponto de vista fiscal e ainda contribuir com o INSS.

A Pontes é uma Contabilidade especializada em Igrejas e vamos mostrar para você em quais situações pastor pode abrir MEI e qual a melhor forma de regularizar seus ganhos como pastor.

Pastor pode ter CNPJ como MEI?

Não, a atividade pastoral não está entre as ocupações permitidas no MEI

Isso porque o ofício de pastor não é considerado uma atividade empresarial, e sim de cunho religioso. 

Ao consultar a lista oficial de ocupações permitidas ao MEI, você não vai encontrar nenhum CNAE relacionado a “pastor”, “ministro religioso” ou qualquer função semelhante. 

Leia mais: Igreja pode ser MEI?

Quem é pastor e preside uma igreja pode abrir MEI?

Não. Se você é presidente ou dirigente de uma igreja, já tem participação ativa em um CNPJ (no caso, da própria organização religiosa). 

A legislação que regula o MEI proíbe que o titular seja sócio, administrador ou responsável por outra pessoa jurídica. 

Isso impede a abertura de um MEI mesmo que a intenção seja prestar outro tipo de serviço.

A igreja pode pagar o pastor por meio de MEI?

Essa é uma prática que gera risco jurídico

Ainda que existam casos em que igrejas pagam valores mensais a pastores via nota fiscal de MEI, esse tipo de vínculo pode ser facilmente desconsiderado em uma fiscalização. 

Isso porque o relacionamento entre igreja e pastor, na maioria das vezes, não é de prestação de serviço eventual, mas sim de natureza contínua, com obrigações específicas, horários e direção institucional. 

Além disso, como vimos, a atividade pastoral não pode ser formalizada como MEI. 

Portanto, o pagamento por esse canal abre margem para questionamentos fiscais e trabalhistas tanto para a igreja quanto para o pastor.

Leia mais: Como funciona o salário do pastor

Qual a melhor forma de regularizar os ganhos como pastor pagando menos impostos?

A resposta começa pela separação correta das fontes de renda. 

Se os valores que você recebe estão diretamente ligados à sua função religiosa, eles devem ser tratados como remuneração de ministro religioso, e não como prestação de serviço.

Nesse caso, a própria igreja pode registrar esse pagamento de forma contábil, sem necessidade de vínculo empregatício, desde que haja documentação adequada e contribuições para o INSS recolhidas corretamente.

Agora, se você também tem outras fontes de receita (como palestras, cursos, livros ou eventos) que não estão diretamente ligadas à sua função pastoral, pode fazer sentido abrir um CNPJ para essas atividades. 

Nesse cenário, você precisa:

  • Escolher um CNAE permitido e coerente com a atividade paralela (como “palestrante” ou “treinamento em desenvolvimento pessoal”);
  • Manter separação total entre os recebimentos da igreja e da empresa;
  • Emitir nota fiscal apenas para os serviços que se encaixam legalmente no CNPJ.

Essa separação é o que permite pagar menos impostos sem correr risco. 

A remuneração pastoral segue um caminho. As demais atividades seguem outro. 

Com o enquadramento certo, é possível manter tudo dentro da lei e ainda otimizar a carga tributária.

Aqui na Pontes, podemos te ajudar a fazer essa estruturação com segurança, seja orientando a igreja sobre os registros contábeis, seja ajudando você a montar o CNPJ certo para atividades complementares.

Entre em contato com nossa equipe especializada em Igrejas e solicite uma reunião para entendermos melhor sua situação e darmos o melhor direcionamento.

Em que situações um pastor pode usar o MEI de forma legal?

Quando você atua como pastor, mas também realiza atividades paralelas que se encaixam nas regras do MEI, é possível usar esse modelo, desde que não envolva a função religiosa.

Exemplos comuns:

  • Palestras sobre liderança, comportamento ou desenvolvimento pessoal;
  • Cursos online com foco em comunicação, família ou espiritualidade;
  • Venda de livros, e-books ou apostilas de autoria própria;
  • Consultorias para casais, famílias ou equipes ministeriais;
  • Produção de conteúdo digital voltado ao público geral (como canal no YouTube ou podcast monetizado).

Nesse caso, o MEI precisa estar vinculado a um CNAE permitido e que represente essa outra atividade. 

Leia mais: Pastor pode aposentar?

Posso ter MEI só para as palestras e continuar recebendo como pastor normalmente?

Depende da sua situação dentro da igreja.

Se você é apenas o ministro religioso, sem cargo de direção, sem participação na administração e sem estar vinculado ao CNPJ da igreja, pode sim abrir um MEI para formalizar suas palestras. 

Agora, se você é presidente, tesoureiro ou tem qualquer função dentro do CNPJ da igreja, já está legalmente impedido de ser MEI. 

Outro ponto importante: se as palestras são realizadas dentro da própria igreja onde você atua, ainda que com outro público, pode haver interpretação de que a atividade é apenas uma extensão do seu trabalho como pastor. 

E nesse caso, também não cabe usar o MEI.

Leia mais: Pastor paga imposto de renda?

Como regularizar sua situação fiscal sendo pastor

A melhor forma de regularizar sua atuação como pastor é entender, com clareza, qual tipo de rendimento você recebe e qual estrutura jurídica se aplica a cada caso. 

Nem todo valor precisa passar por CNPJ. E nem todo CNPJ vai ser permitido dentro das regras do MEI.

Com a orientação certa, você evita riscos com a Receita e ainda consegue organizar seus recebimentos de forma segura e econômica.

A Pontes Contabilidade é especializada em igrejas e pode te ajudar a fazer esse diagnóstico.

Agende uma conversa com nosso time e receba a orientação completa para estruturar tudo da forma correta.

Foto de Márcio Pontes

Márcio Pontes

Marcio Pontes é contador (CRC SP 173.869/O-3) com mais de 30 anos de experiência. Sócio da Pontes Contabilidade, especializou-se em contabilidade para igrejas e negócios locais.

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